Abordagem das características e depressão pós-parto em puérperas do altiplano peruano
DOI:
https://doi.org/10.35622/j.ram.2024.01.003Palavras-chave:
característica biológica, depressão pós-parto, psicológica, socialResumo
A gestação, o parto e o puerpério são momentos cruciais que impactam profundamente na dinâmica familiar, abrangendo aspectos fundamentais sob uma perspectiva biopsicossocial. O objetivo deste estudo foi analisar como as características biológicas, psicológicas e sociais se relacionam com a depressão pós-parto em mulheres da região andina peruana. Foi empregada uma metodologia quantitativa com um desenho transversal e descritivo. A população-alvo do estudo foi composta por 179 mulheres no período pós-parto do Estabelecimento de Saúde José Antonio Encinas, em Puno, Peru, das quais 78 participaram. A entrevista foi aplicada como técnica de coleta de dados, utilizando-se um guia de entrevista e o teste da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo. Os resultados revelaram que 53% das mulheres pós-parto apresentavam depressão. No que diz respeito às características biológicas, observou-se que aquelas com mais de seis consultas pré-natais, sem sessões de psicoprofilaxia obstétrica, parto eutócico, histórico de patologias durante a gravidez e sem histórico de patologias no recém-nascido tinham uma maior propensão para a depressão pós-parto. Em relação às características psicológicas, o apoio familiar e do parceiro foram associados a uma menor incidência de depressão. Do ponto de vista social, mulheres entre 25 e 29 anos, com educação superior não universitária, conviventes, donas de casa e mães de primeira viagem com apenas um filho mostraram uma maior prevalência de depressão pós-parto. Em conclusão, destaca-se a importância do cuidado pré-natal, do apoio do parceiro e da consideração da idade no diagnóstico e tratamento oportunos da depressão pós-parto.